sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Indagação transcendental - Parte II


Cuidado com o que você pergunta ao seu professor de filosofia. Há perguntas que podem levá-lo a uma indagação transcendental.

I) Professor, não tem ninguém na sala. O senhor vai dar alguma coisa?
Bom...pensando como Descartes, o homem é um ser composto de duas substâncias: um corpo (res extensa) e uma alma (res cogitans). Apesar de estarem unidos, é possível pensar a alma separada do corpo. Então, será que você é um espírito que está vagando perdido por esse mundo e eu estou aqui falando com uma alma penada?

II) Professor, na prova vai cair o que senhor deu?
Bom...segundo duas máximas romanas, ninguém pode tirar o que não deu, nem dar o que não possui. Mas, pensando bem: acho que vou dar uma sacaneada dessa vez. Física ou química, hein?

III) Professor, é verdade que todo filósofo acaba ficando louco?
Bom...o que é um louco? Será alguém que não é mais capaz de saber sua identidade, reconhecer-se como pessoa, um ser dotado de razão, sabedor daquilo que faz? Um ser que é incapaz de realizar uma determinada atividade sem se desviar com questões desnecessárias e fora de propósito. Não. Creio que o filósofo não. Professor fica!

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