sábado, 26 de janeiro de 2013

A curiosidade fatal!


Os seres humanos possuem uma característica que fizeram dele um ser distinto em todas as épocas de nossa breve história nesse insignificante e minúsculo ponto de terra e mar: eles são curiosos. Uma curiosidade tamanha capaz de produizr inventos que traduzem belas intenções ou torpes e mesquinhos desejos. De todas as grandes invenções produzidas pela mente humana, de longe, a mais ousada, embaraçada, bela e excêntrica se chama ser humano. Somos nosso maior objeto de estudo, somos nosso maior embrolho, nosso maior paradoxo. Estranho que, diante de um sem-número de possibilidades, logo nós nos tornamos nosso maior enigma. Se fossemos capazes de mapear todos os temas de livros, ensaios, teses, tratados e artigos científicos não seria surpresa constatar que nos tornamos cobaias de nós mesmos. E mesmo uma suposta visão holística produzida por por todas elas em conjunto deixaria escapar camadas superpostas de mentiras sedimentadas que se tornaram supostas verdades. Como diz Nietzsche, a natureza se cala sobre tudo o que se relaciona ao humano, ela nada nos diz, ela não entraria num embate tão desleal e pouco sincero. Deveríamos então nos calar eternamente, abandonar nossa "fatal curiosidade"? Talvez não! Mas também não deveríamos nos tornar tão patéticos e enfadonhos,  e sim tomar tudo como uma grande brincadeira, como um grande teatro onde o ator não possui roteiro e faz tudo de improviso. E a platéia ri e chora imaginando que tudo fora previamente preparado para fazer valer o preço da bilheteria.


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