quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um brinde!

Um brinde a minha família que eu amo,  que me suporta e não me internou até hoje.
Um brinde ao meu filho, que graças a Deus só aprendeu o que tenho de bom. (Que não é muita coisa, eu sei!).
Um brinde aos meus amigos de infância, dos campinhos de futebol, das caçadas, dos carrinhos de rolimã e das brincadeiras na rua. (Um brinde também aos vizinhos que furavam nossas bolas e contribuíam pra que apanhassemos em casa).
Um brinde às escolas e aos professores que contribuíram para que eu chegasse até aqui. Vocês fizeram um ótimo trabalho. (Eu é que não presto mesmo!)
Um brinde aos meus amigos da adolescência e da juventude, que ajudaram a “corromper” meu caráter e ensinar o contrário do que aprendi em casa e na igreja.
Um brinde às minhas paixões da adolescência. Nem vou comentar por precaução, acho que já estão todas de aliança nos dedos. (Sou louco mas não sô besta!).
Um brinde a tudo o que aprendi no seminário. (Apesar dos vinhos que roubei do padre).
Um brinde aos amigos que fiz na Universidade, à minha faculdade de Filosofia que muito contribuiu para me deixar completamente sem noção.
Um brinde aos amigos que fiz em Bauru, aos meus amigos da pagodera, aos meus vizinhos, aos “cumpanheros” das longas jornadas (saudade de todos!).
Um brinde a vocês que me estenderam a mão e me deram uma lanterna quando eu estava numa escuridão plena. Sou infinitamente grato!
Um brinde aos lugares onde trabalhei (apesar de não ter sobrado um puto de tudo ganhei).
Um brinde aos amores que vivi e aos dissabores que causei.
Um brinde às minhas vitórias e aos meus tropeços.
Um brinde a mim, um brinde a você, um brinde à vida!
Um brinde a Deus que conhece minha alma e todo meu ser!
(Se esqueci de algo, um brinde à minha memória de Garcia!)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amor de poeta!

É como o sol. Pela manhã suaviza, ao meio dia queima, ao entardecer abranda e à noite desaparece!
É como o vinho. Uma taça não sacia, duas inebria e três transborda!
É como a chuva. Quando fina acalenta a alma. Forte massageia a carne. Torrencial tudo arrasta!
É como a noite.  Na aurora faz bater o coração. Meia noite faz o corpo dançar. Pela manhã provoca saudade de casa!
É como um livro. As primeiras páginas nos empolgam. O meio nos fastia e o final surpreende ou decepciona.
É como a semente. Pela manhã brota, à tarde faz nascer a árvore e à noite deixa cair o fruto.
É como o poeta. No primeiro dia cria, no segundo refaz e no terceiro emudece.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Seja importante pra si mesmo!

Vez ou outra se olhe no espelho e diga: você é importante pra mim!
Fique tranquilo. Isso não é pecado, não é orgulho, muito menos egoísmo. Isso é gostar de si mesmo. E gostar de si mesmo é virtude!
Porque primeiro você deve ser importante pra você, sentir falta de si mesmo, saudade de si mesmo, valorizado por si mesmo.
Ser importante para os outros não é uma questão de escolha, de opção, de convencimento ou persuasão, poder ou força. Muito menos uma questão de necessidade. Quando ser importante para alguém se torna necessidade  pode ser uma sinal de que ainda não somos importantes para nós mesmos.
Ser importante para alguém é consequência daquilo que você é para si mesmo.
“Torna-te o que és!”. F. Nietzsche
Um ótimo fds galera!

A difícil arte de amar!

Por que é tão difícil amar e ser amado sem sofrer e fazer sofrer?
Porque o amor é sublime, mas não traz sempre paz e serenidade. Vez ou outra surge uma espada entre dois instintos: o meu e o teu.
Porque o passado sempre volta, torna-se presente quando deveria permanecer ausente.
Porque viver a dois é uma espécie de palco, de teatro. Duas máscaras, duas personas que, ao se enredarem na história, tecem uma peça única, genuína, mas sem fazer morrer personas.
Porque fantasmas e sombras todos nós temos.  É preciso luz e tempo para que desistam de nos atormentar.
Porque sonhamos com castelos, reis e rainhas. Nos esquecemos que ao nosso lado há um plebeu, uma plebeia, um errante, uma amante.
Porque homens sonham com mulheres que se submetam e mulheres com homens que cumpram.
Porque em toda relação fazemos exigências, tecemos uma teia de condições, uma espécie de “se”. Não é fácil ceder, muito menos compreender. O outro sempre será para nós um muro, uma esfinge a soletrar enigmas.
Mas o prêmio vem! Morrer para nascer, crescer e amadurecer, tornar-se fruto, paladar e frescor para que a semente caia uma vez mais na terra, para que o amor brote novamente, e com ele luz e espada, cama e palco!


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Top's Garcia e Macedo - Parte 3

(Pela memória da família mais atrapalhada e esquecida do planeta. Quiçá de outras galáxias!)

1 – Meu Tio Zé Maria contando hoje à tarde sobre um episódio em que ele estacionou seu Uno vermelho na frente de um despachante em Itapeva. Depois de resolver suas coisas no despachante voltou para o carro. Ao chegar, olhou para dentro do Uno e reparou que o som, os falantes e o tampão traseiro não estavam mais lá. Aturdido, pediu ao funcionário do despachante que ligasse para a polícia. Afinal, o larápio não poderia estar muito longe.  O funcionário já estava para passar o endereço para a polícia quando meu tio gritou: Ohhh, desliga, desliga cacete!. Esse Uno não é o meu. O meu é o da frente. Puta merda viu!
2 – Essa o mesmo Tio Zé contava sobre nosso saudoso Tio Ditinho. Ele chegava da roça montado em seu cavalo. Chegando em casa, viu que a porteira estava trancada. Desceu do cavalo, abriu a porteira, passou para o lado de dentro, trancou a porteira e passou o cadeado na corrente. Ao se levantar, olhou e avistou algo inusitado e disse pra si mesmo: “Puta merda viu. Esqueci o cavalo do lado de fora rapaz!”
3 – Essa é antológica e ocorreu com o mesmo saudoso Tio Ditinho. Numa viagem (acredito que para São Paulo), o ônibus parou num posto em Itapetininga. Dentro da lanchonete Tio Ditinho ficou com água na boca diante de uma bancada de maças vermelhas, grandes e lustrosas. Não hesitou e comprou uma bem grande. Pediu à garçonete que embrulhasse num papel (tipo alumínio). O ônibus deu partida, já estava na pista, as janelas abertas devido ao calor e meu Tio falando para o Adão: “mais que beleza de maça rapaz”.  Tio Ditinho sentou-se e não resistiu por muito tempo. Pegou a maça, retirou o papel alumínio e “vlupt” pela janela. Com aquele jeitinho que só quem o conheceu sabe, meu tio olhou para o lado e disse: “Adão? Se viu o que eu fiz? (Segurando o papel todo amaçado nas mãos). Puta merda viu! Joguei a maça rapaz!”