quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VIVER INTENSAMENTE!

Viver a vida intensamente é um grande risco. Risco da desilusão, risco de sofrer e risco de morrer. Risco de cair e levantar, risco de sorrir e de cantar. Risco de voltar, de parar e de cansar. Risco de ser feliz, risco da amargura e risco da censura.
Apesar de todos os riscos, vivo a vida intensamente.
Intensamente quando levanto, quando durmo e quando canto.
Intensamente quando erro, quando acerto e quando quero.
Intensamente no amor, no ódio e na dor.
Intensamente quando parto, quando fico ou no quarto.
Intensamente na paixão, na cama e no chão.
Intensamente na ternura, no carinho e na brandura.
Intensamente na verdade, na mentira e na saudade.
Intensamente na riqueza, na pobreza ou na avareza.
Intensamente na amizade, na solidão e na caridade.
Intensamente como um leão, como águia e como cão.
Intensamente quando doente, saudável ou demente.
Intensamente no voar, no correr e no andar.
Intensamente no riso, quando choro e quando liso.
Intensamente no sofrer, no morrer e no viver.
Intensamente eu, intensamente outro!

Nico e Bico: um problema socrático!

- Bico do céu! Três de dias de coma induzido rapaz.
- Nico véio, eu tô acordando de um sono profundo cumpanhero! Parece que eu tô reencarnando.
- Escuta Bico: eu num vi comida em 3 dias seguidos. E você?
- O quê Nico? Só água meu Deus. Que temporal! No máximo dois encapotado fio.
- Bico? Que cidade era aquela, hein? É de parti a cara cumpanhero!
- Olha Nico, o Mané falou qualquer coisa de Miguel, Arcanjo, Santo, sei lá!
- Oh Bico, se é de anjo, arcanjo, querubim, de santo eu num sei.  Mas que eu fiquei com um problema filosófico, eu fiquei!
- Essa eu não entendi Nico.
- Problema socrático meu irmão!
STOP! DANGER: MUITA FESTA!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

SOU DOENTE!

Doente por flores.
Doente por cores.
Doente por sabores.

Doente por um pão.
Doente por um chão.
Doente por paixão.

Doente por um lar.
Doente por um bar.
Doente para amar.

Doente porque canto.
Doente por um manto.
Doente sem um canto.

Doente pela lua.
Doente por rua.
Doente por nua.

Doente sem nexo.
Doente por sexo.
Doente perplexo.

Doente sem lenço.
Doente porque penso.
Doente sem senso.

Doente por saia.
Doente por praia.
Doente na raia.

Doente por sair.
Doente por dormir.
Doente até cair.

Doente por estrela.
Doente por vê-la.
Doente por perdê-la.

Doente sem rumo.
Doente sem prumo.
Doente enquanto durmo.

Doente sem carteiro.
Doente sem dinheiro.
Doente por inteiro.

Doente que destrói.
Doente que rói.
Doente que constrói.

Doente porque mereço.
Doente porque esqueço.
Doente porque adoeço.

Doente porque labuto.
Doente sem um puto.
Doente por um fruto.

Doente por perigo.
Doente sem abrigo.
Doente por amigo.

Doente de tédio.
Doente nédio.
Doente sem remédio.

Doente na brandura.
Doente na secura.
Doente na loucura.

Doente sem ser mal.
Doente por sal.
Doente real.

Doente porque sinto.
Doente sem cinto.
Doente porque minto.

Doente pela verdade.
Doente sem maldade.
Doente de saudade.

Doente por gente.
Doente por pente.
Doente que mente.

Doente por gorjeta.
Doente na sarjeta.
Doente sem muleta.

Doente no escuro.
Doente sem muro.
Doente obscuro.

Doente na corda bamba.
Doente por muamba.
Doente no samba.

Doente sem negócio.
Doente sem sócio.
Doente por ócio.

Doente na riqueza.
Doente na pobreza.
Doente sem nobreza.

Doente por viver.
Doente por sofrer.
Doente até morrer.

Eu sou doente!
Você não?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

HÁ QUEM SAIBA!

Há pessoas que sabem sorrir.
Outras que sabem serrar os lábios.
Há pessoas que possuem os pés no chão.
Outras que sabem voar.
Há pessoas que sabem servir.
Outras que conhecem a gratidão.
Há pessoas que sabem o que querem.
Outras que sabem o que devem evitar.
Há pessoas que sabem desejar.
Outras que sabem recusar.
Há pessoas que sabem sonhar.
Outras que aprenderam a não se iludir.
Há pessoas que sabem correr perigos.
Outras que sabem medir os riscos.
Há pessoas que sabem amanhecer.
Outras que conhecem o anoitecer.
Há pessoas que sabem falar.
Outras que sabem silenciar.
Há pessoas que dizem sim.
Outras que sabem dizer não.
Há pessoas que sabem amar.
Outras que aprenderam a perdoar.
Há pessoas que sabem viver.
Outras que se deixam viver.
Há quem diga que a vida não vale a pena.
Eu digo que qualquer vida é melhor que não viver.
Basta dizer sim! Um brinde à vida!